terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Nova frente de oposição em Campos



Uma nova frente de oposição foi formada em Campos e é uma união do PCB e do PSOL, ambos de esquerda. O PCB, presidido em Campos pela professora Graciete Santana, fazia parte da Frente Democrática – que reúne partidos de oposição ao governo Rosinha – mas deixou o grupo por não concordar com alguns pontos. O PSOL, que tem à frente o sanitarista Erik Schunk, chegou a ter seu nome veiculado junto com a Frente Democrática, mas negou participação no movimento.

A Frente da Unidade Popular – com posicionamentos mais radicais e que poderá agregar, ainda, o PSTU, do professor Paulo Caxinguelê - tem lançamento oficial amanhã, terça-feira, no Calçadão.

FRENTE DE UNIDADE POPULAR

CHEGOU A HORA DE REAGIR: CHEGA DE CORRUPÇÃO!


Ao longo dos últimos anos, o povo campista tem sido vítima de uma instabilidade política originada por escândalos de corrupção que culminaram em sucessivas cassações de prefeitos. A falta de comprometimento dos governantes com políticas que atendam às necessidades da população também é um problema grave.
Pensando nisso, nós do PCB, e PSOL estaremos, a partir deste momento, numa ação conjunta, construindo a Frente de Unidade Popular. A ideia é estreitar as relações com movimentos sociais, associações de moradores, sindicatos de trabalhadores, grêmios estudantis, diretórios acadêmicos, universidades e, principalmente, ter o povo como parceiro incondicional.
A Frente terá como um dos objetivos a construção do poder popular e o combate a qualquer forma de submissão do povo campista à corrupção em suas variadas instâncias – inclusive eleitoral. Construiremos um projeto político envolvendo a sociedade civil para superar as mazelas que lesam os direitos dos cidadãos do nosso município.
A Frente de Unidade Popular consiste num instrumento de luta cotidiana onde os diretamente envolvidos – PCB,, PSOL – estarão unidos, desenvolvendo ações coletivas que atendam aos anseios da população. Seremos intransigentes na defesa dos direitos dos trabalhadores. Somando todos os esforços contra a exploração do homem pelo homem, vamos dar um basta à política de compensação social, que a cada dia institucionaliza mais a pobreza.

PELO POVO DE CAMPOS, PELO PODER POPULAR:

FRENTE DE UNIDADE POPULAR

JUNTE-SE A NÓS!

ASSINAM O MANIFESTO: PCB, NÚCLEO DO PSOL, UNIDADE CLASSISTA, UJC, INTERSINDICAL, CSP -CONLUTAS/INTERSINDICAL, MENF

domingo, 5 de dezembro de 2010

O PSOL apoia o OBSERVATÓRIO DE CONTROLE DO SETOR PÚBLICO-OCSP Campos dos Goytacazes -RJ






Defendemos a transparência do dinheiro público.
Estamos apoiando todos os envolvidos no Observatório de Controle Social em Campos.
Chega de corrupção.
Sudações....

C O N V I T E

O dia 09 de dezembro é comemorado o dia de Combate Internacional a corrupção, desde que 112 países, entre eles o Brasil, assinaram a Convenção das Nações Unidas Contra à Corrupção. Em função disso, a Rede de Observatórios Sociais do Estado do Rio de Janeiro, realizará entre os dias 07 e 10 de dezembro, o FÓRUM FLUMINENSE DE ARTICULAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO DOS OBSERVATÓRIOS SOCIAIS: a luta contra a corrupção e o papel fiscalizador do cidadão.

O evento itinerante ocorrerá em momentos distintos em diferentes municípios do Estado, e contará com a participação especial do Diretor Institucional do Observatório Social do Brasil (OSB) senhor Sir Carvalho, de Maringá – PR. O objetivo da iniciativa é sensibilizar a sociedade para importância da união em torno do controle social sobre os gastos públicos para inibir a corrupção, ressaltando a importância do papel fiscalizador do cidadão sobre a eficiência do setor público e suas políticas.

Contudo, o Observatório de Controle do Setor Público de Campos dos Goytacazes convidam a todos para o evento no dia 09 de dezembro às 08.00 e às 19.00 horas na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

PROGRAMAÇÃO

Dia: 09 de dezembro de 2010 (quinta-feira)
Local: CDL - Avenida Sete de setembro, 280, Centro
08:00 – coffe breack
08:30 – Abertura - Diretor do OCSP Aurélio Lorenz com a presença das diretorias do Câmara dos Dirigentes Lojistas(CDL), Associação Comercial e Industrial de Campos(ACIC), Pólo de Empresários do Centro(PEC), Lojas Maçônicas e demais empresários locais.
08:45 – Palestra do Diretor Institucional do OSB senhor Sir Carvalho
Tema: Observatório Social, Metodologia e Inovação Tecnológica
Debatedores:
•Geraldo Coutinho Representante da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro –FIRJAN
•Dr. Almy Junior de Carvalho magnífico Reitor da Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro- UENF
19:00 - Local : CDL
Tema: Os Efeitos Nocivos da Corrupção nos Municípios
Debatedores:
•Sir Carvalho (Diretor Institucional do OSB)

•Empresário Francisco Rony (Conselheiro da Firjan)

•Roberto Moraes(Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional do Instituto Federal Fluminense-IFF)

•Hamilton Garcia (Coordenador de Extensão do Centro de Ciências do Homem - CCH/UENF)




Organização: OCSP e UENF

Apoio:

Instituto Federal Fluminense - IFF,
Universidade Candido Mendes - UCAM,
Coordenação de Extensão do Centro de Ciências do Homem (CCH) - UENF,
Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL),
Pólo de Empresários do Centro (PEC),
Associação Comercial e Industrial de Campos (ACIC),
Instituto Bem Estar Brasil,
PURAC,
SINDPETRO - NF( Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense)
Associação dos Notários e Registradores (ANOREG)
Loja Maçônica Fraternidade Campista

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Deu no BOLETIM do CHICO ALENCAR....Fundação do núcleo Campos



Campos de luta

Campos dos Goytacazes é uma cidade peculiar no Estado do Rio de Janeiro. Embora seja a cidade que mais recebe recursos de royalties do petróleo no Brasil (R$ 938,5 milhões em 2009), tem Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de apenas 0,75 (950º no país). Lidera também outro ranking, de cidade com maior incidência de trabalho escravo no país. Para enfrentar essas contradições, uma semente foi plantada. Nesta sexta-feira (19/10), às 19h, na UFF local, será fundado o Núcleo do PSOL de Campos. Onde há injustiça, sempre haverá resistência.

Obrigado CHICO, boa sorte para todos nós...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Fundação Oficial do Núcleo PSOL em Campos

Companheiros, agora é para valer, nosso núcleo será fundado na próxima Sexta-Feira dia 19/11/2010 ás 19:00 hs na UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE(UFF). Vamos mobilizar todas as pessoas que nos ajudaram na campanha vitoriosa do Marcelo Freixo e Chico Alencar para participar deste momento importante para todos nós.

Um novo partido contra a velha política.

Abraço e saudações

sábado, 13 de novembro de 2010

Encontro da cultura camponesa e quilombola em São Francisco do Itabapuana



Companheiros e companheiras, A COMISSÃO PASTORAL DA TERRA, estará organizando a festa da cultura camponesa e quilombola na comunidade de Barrinha/SFI, em 27/11/2010, a partir das 19h.

Cada um poderá levar uma alimento típico.

Vamos participar..

Quem se interessar, entrem em contato por e-mail psolnortefluminense@gmail.com

Saudações.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ENTREVISTA COM MARCELO FREIXO: “O principal impacto dessa vitória é o aprendizado de que mudanças são possíveis”



O quarto candidato do partido eleito a ser entrevistado pelo site do PSOL Nacional é o deputado estadual Marcelo Freixo, o segundo mais votado do Rio de Janeiro com 177.253 votos. Com uma campanha fortemente marcada pela participação da militância, especialmente os jovens, e pelo apoio de artistas cariocas, Freixo alcançou um grande êxito mesmo com poucos recursos financeiros. Em suas respostas ele explica como isso foi possível e avalia os desafios do PSOL e do seu mandato nos próximos quatro anos.

Como você avalia a campanha desse ano em relação às outras pelas quais já passou?

Já passei por campanhas em diferentes papéis, como militante ou como candidato. A campanha mais marcante como militante foi a de 1989, e a que gerou mais expectativa foi a da vitória do Lula em 2002. Como candidato, esta última campanha foi muito diferente da anterior. Na primeira, o objetivo foi fazer com que as pessoas soubessem que eu era o candidato. Por dentro da frente de esquerda, o desafio foi conquistar a posição de mais votado. A conjuntura se caracterizava por um contexto mais favorável que o da campanha atual. O PSOL era um partido recém-criado, que tinha como carro-chefe a oposição às reformas neoliberais do governo Lula (principalmente a reforma da Previdência) e a denúncia do processo de corrupção, que teve como marco simbólico o caso do mensalão. O PSOL se apresentava então à sociedade como alternativa pela esquerda ao PT: “um novo partido para uma nova política”. Nesta última campanha, ocorreu o inverso. Enfrentamos uma conjuntura muito desfavorável e disputamos o voto social. Com Lula em alta e detentor de imenso percentual de avaliação positiva, o PSOL ainda em construção e ainda sem se firmar como oposição de esquerda, nós enfrentamos um quadro de profunda despolitização da política. O quadro de correlação de forças se tornou extremamente desfavorável para a esquerda e o PSOL.

Dessa vez, ser um dos mais votados de todo o Estado era a única forma de ampliar a representatividade do partido na Alerj. Encontramos muitos elementos desfavoráveis em função de um sistema político injusto e desigual. Precisamos urgentemente de alterações das regras eleitorais e de representação política. É necessário rever o modelo de financiamento das campanhas e o critério de distribuição de tempo no programa eleitoral gratuito de rádio e de TV, que, hoje, só serve para ampliar as desigualdades nas disputas eleitorais. Mas conseguimos driblar todos os obstáculos e fazer uma campanha correta em todas as suas dimensões. Usamos como âncora as realizações do primeiro mandato. Propostas e promessas não sustentariam apoios com forte peso social (artistas e figuras públicas), a força militante e o espaço obtido na grande mídia. As ações do mandato nesses quase quatro anos, sim. Além disso, a política correta do partido na divisão do pouco tempo de TV (20 segundos no total) e rádio foi fator decisivo para agrupar uma votação que fez crescer em 13 vezes os votos no Estado e mais de 16 vezes os votos na capital. Contamos com apoios públicos importantíssimos como os de Wagner Moura, Fernanda Torres, Marcelo Serrado, José Padilha, André Mattos, Maria Ribeiro, Ivan Lins, Marcelo Yuka, Mc Leonardo e precisávamos poder mostrar tais apoios para a população. Essa correta política do partido na divisão do tempo de TV e de rádio garantiu tanto a divulgação do nosso nome, como das nossas ações parlamentares e dos apoios conquistados. Podemos dizer, portanto, que deu tudo certo: acertamos na tática de campanha, o PSOL acertou em sua política eleitoral no Estado e transformamos a massa crítica de apoio ao mandato em força eleitoral. Foi uma verdadeira vitória coletiva na qual a solidariedade superou os “homens- máquinas” e “homens-placas”. Pela primeira vez, o PSOL conseguiu que dois deputados chegassem, com seus votos, a superar de longe o coeficiente eleitoral e, desse modo, agrupando uma quantidade decisiva de votos capaz de eleger mais um parlamentar à Alerj e ao Congresso Nacional.

Qual foi o papel da militância nesse processo?

A militância foi um dos fatores decisivos da nossa vitória. A militância deu corpo, nervos e músculos, a criação de uma grande rede de solidariedade; animou, mobilizou e fez a campanha ganhar vida nas ruas e no mundo virtual; construiu atividades de mobilização e festas que ficarão na nossa memória. Na campanha de 2006 já vivemos várias atividades inesquecíveis. Mas nessa campanha foram incontáveis as atividades (encontros, reuniões, festas, plenárias, mobilizações etc). Tudo isso permitiu a construção de um bom senso de campanha coletiva, tanto para os que faziam nossa campanha quanto para os que a olhavam de fora. Os militantes dos movimentos sociais, das entidades populares, do PSOL e vários ativistas voluntários, novos, foram às ruas por ideal, sem receber um real (recado que foi parar no peito dos militantes em camisa que foi bastante disputada aqui no Rio). Tudo isso fez da nossa campanha um processo rico, pedagógico, enriquecedor, emocionante e bonito. Como pretendíamos, desde o início, a campanha tinha que sair do controle, precisava se tornar um movimento em defesa da continuidade do mandato e isso ocorreu. Agrupamos, aglutinamos e transformamos a força de disputa hegemônica do mandato pela mudança — nada deve parecer impossível de mudar — em um movimento catalizador. As pessoas construíram um sentimento de pertencimento à campanha, assim como fizeram com o mandato. E transformaram esse sentimento em força de ação transformadora. Essa militância reuniu gente de todas as idades, mas houve, sem dúvida, uma predominante participação da juventude.

Na sua avaliação, qual impacto sua reeleição traz para a política brasileira e do Rio de Janeiro?

O principal impacto dessa vitória é o aprendizado de que mudanças são possíveis. E esse aprendizado resultou da experiência do mandato no enfrentamento do crime organizado, do que há de pior na política, dos setores mais reacionários, dos podres poderes. Entramos nesse enfrentamento e saímos vencedores, política e eleitoralmente. A frase do Brecht que guiou a primeira campanha e o próprio primeiro mandato, ainda se mantém atual: “Nada deve parecer natural. Nada deve parecer impossível de mudar”. Mas temos ainda muito para analisar. Nós já não somos os mesmos. E, para além da enorme votação, mais de 177 mil votos, temos ainda o impacto do filme Tropa de Elite 2. Futuramente, teremos de fazer uma boa análise desse processo. Hoje ainda está cedo para saber o nosso tamanho e o quanto representamos. O que já podemos dizer é que nossa responsabilidade cresceu muito e os desafios são ainda maiores para o próximo período.

Você foi o segundo deputado estadual mais votado do Rio. Isso te surpreendeu? A que você atribui esse resultado?

Claro que o resultado surpreendeu. Somos da esquerda, de uma tradição democrática, de ação de massas apaixonante, mas sem dinheiro. A solidariedade construída no mandato e na campanha permitiu um volume de contribuição, inclusive financeira, que nós mesmos não tínhamos como avaliar. Mas sabíamos que seria possível ter uma votação bastante alta se acertássemos politicamente no processo eleitoral. Não tivemos sapato alto, fomos humildes, não nos conformamos com o “já ganhou”. Pelo contrário, em todo momento da campanha lembramos o quanto era importante o voto de cada companheiro e companheira para uma vitória eleitoral. Sabíamos, na última semana, que já acumulávamos uma vitória política magnífica. Mas só quando as urnas foram abertas é que constatamos que a vitória eleitoral também ficaria para a história. Nesse quadro de conjuntura desfavorável, com uma campanha absolutamente desigual, na qual os vencedores, em geral, são os candidatos da antipolítica e das campanhas milionárias, só poderíamos ter vitória se as ações do mandato e o que agrupamos de apoio crítico fosse o carro-chefe da nossa campanha. Tudo isso foi fortalecido pela política do partido. Daí veio a nossa vitória. Temos de fazer uma boa avaliação dessa mancha que a nossa vitória representa no resultado eleitoral do Estado e do país. A esquerda não sai vencedora desse processo e não podemos deixar que a nossa animação seja obstáculo para uma análise correta dessa disputa. Vale a comemoração. Mas temos o desafio de pensar o quadro eleitoral com seriedade e compromisso para enfrentar os desafios do futuro.

Quais são as prioridades do seu próximo mandato?

A nossa prioridade será aprofundar as lutas nas frentes já existentes, com foco nos direitos humanos e educação, assim como enfrentar as mudanças que ocorrem no Rio de Janeiro que se relacionam ao projeto de cidade em torno dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Mudanças que já iniciaram com as UPPs, mas que serão aprofundadas pelas classes dominantes no próximo período. Temos, sim, como desafio discutir o projeto de cidade e o faremos. Seguimos com um mandato de propostas qualificadas, criativas e combativas em defesa da melhoria da vida da população, principalmente dos mais pobres. Continuaremos ativos na luta contra a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza. Temos o desafio de construir um mandato ainda mais participativo. Mas estamos apenas iniciando essa discussão com os nossos aliados das entidades populares, dos movimentos sociais, da intelectualidade, com as figuras públicas e o próprio PSOL. O que podemos afirmar, nesse momento, é que manteremos e aprofundaremos as lutas que travamos nesses quase quatro anos de mandato.

O PSOL alcançou ótimos resultados em alguns Estados, como no Rio e no Pará, por outro lado não conseguiu eleger nomes conhecidos e respeitados como Luciana Genro, Heloisa Helena e Raul Marcelo. Como você vê o futuro do PSOL e sua consolidação na política brasileira? Como você avalia esses os resultados citados?

Lamentamos muito a não reeleição da Heloisa Helena, da Luciana Genro e do Raul Marcelo. São nomes que vão fazer muita falta no cenário político nacional e para a população dos seus estados. O PSOL perde, mas a população é, sem dúvida, quem mais perde nesse processo. O PSOL é um partido necessário em um momento no qual a sociedade anda órfã de partidos de massa, com vocação democrática e tenham na sua pauta a luta por socialismo e liberdade. Cabe ao PSOL se construir na vida política do país como essa referência necessária para a maioria da população. O PSOL se consolidará na política brasileira se conseguir uma oposição programática que apresente alternativas à sociedade e contribua para fortalecer os movimentos sociais existentes. Precisamos ser um partido para a ação, que possa dirigir uma forte frente por mudanças com a bandeira do socialismo às mãos. Isso demanda do nosso partido muita organização interna, funcionamento das instâncias — com destaque para os núcleos — democracia e unidade política. Desse modo, o partido poderá servir como alternativa de organização independente para a grande massa de jovens, especialmente dos pobres, negros e favelados do nosso país. É necessário recuperar a boa tradição da luta estudantil e operária, superar os modelos conservadores da esquerda com a consolidação de alternativas novas de luta, de organização e de uma cultura política na qual o trabalho coletivo e a solidariedade se tornem pesos fundamentais no projeto de mudança da realidade brasileira. Precisamos nos firmar como alternativa para milhões de pobres, apresentar uma linguagem que permita o diálogo com a grande maioria da população e unificar todos os setores que estão em oposição com a prática do lucro acima da vida. Os direitos humanos, em todas as suas dimensões, precisam se colocar acima do lucro e a serviço da grande maioria do povo. O PSOL pode superar esses desafios e ser esse instrumento, esse meio político de que necessitamos. Para que isso se torne realidade, mesmo em uma conjuntura desfavorável, tudo depende muito do próprio PSOL.

Perfil

Marcelo Freixo, 43 anos, é professor de História e milita há 20 pelos Direitos Humanos. Participou de projetos educativos no sistema penitenciário e foi membro do Conselho da Comunidade do Rio de Janeiro.
Em 2007 assumiu o primeiro mandato como deputado estadual do PSOL, na Alerj. Presidiu a CPI das Milícias, que indiciou 225 envolvidos e apresentou 58 medidas concretas para acabar com essa máfia.
Denunciou fraude no auxílio-educação na Alerj, o que levou à cassação das deputadas Jane Cozzolino e Renata do Posto. Pediu a cassação do deputado e ex-chefe de Polícia Álvaro Lins (acusado de lavagem de dinheiro, entre outros crimes).

Entre as suas iniciativas legislativas, destacam-se: as leis que reconhecem o funk como atividade cultural, a lei de prevenção à tortura e as emendas constitucionais para a efetivação dos animadores culturais na rede estadual de ensino e para ampliação para seis meses do aleitamento materno das servidoras estaduais — conquistas realizadas porque foram pensadas e organizadas em conjunto com os movimentos sociais.
Freixo é o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Alerj e também tem ativa participação na Comissão de Educação.
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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Marcelo Freixo lamenta a falta de quórum e compromisso da maioria dos deputados da Alerj.



“Mais uma vez lamento a falta de quórum. Nós não conseguimos quórum um dia sequer nos últimos 30 dias. No mês de outubro inteiro não tivemos quórum. Entramos em novembro e novamente não temos quórum aqui. A verificação vai continuar sendo pedida por mim, enquanto a Casa não publicar o meu pedido de CPI para investigar o superfaturamento na área de Saúde. Eu digo publicar – não nem é aprovar .

Li nos jornais que o Governador Sérgio Cabral está com um de seus projetos para o governo Dilma. Deputado Gilberto Palmares e Deputado Carlos Minc, ambos do PT, sabem que o meu voto crítico no 2º turno foi para a Dilma, mas os jornais de hoje indicam uma possibilidade de o governador Sérgio Cabral indicar o secretário de Saúde Sérgio Côrtes para ocupar a vaga de Ministro da Saúde. Está nos jornais de hoje.
Seria bom que a realização da CPI da Saúde ocorresse antes de se decidir se o atual Secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, vai ser ou não indicado para ministro, e que pudesse ir com toda tranquilidade, acenando que não teve receio de uma investigação.

Então, já que tem um pedido de uma CPI para investigar o superfaturamento na área de Saúde da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e esse nome da pasta está sendo indicado para o ministério, seria bom que fosse sem nenhum problema. Que fosse, então, podendo ser devidamente investigado e, se existe uma denúncia seriíssima feita, que seja tudo investigado para ele, depois, quem sabe, até eu mesmo vir a apoiar a sua indicação para ministro. Sempre depois da realização da CPI e constatado que não há responsabilidade do poder público sobre o superfaturamento.